Todas as empresas inscritas no leilão do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante, foram habilitadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para participar da disputa, agendada para a próxima segunda-feira, na BM&FBovespa, em São Paulo. Pelo menos três empresas estão no páreo: a Engevix, a Triunfo Participações e Investimentos (TPI)) e o Grupo MPE - antigo braço da multinacional General Eletric S/A. A que sair vencedora deverá assinar contrato em novembro, se não houver embates judiciais e outros entraves no processo licitatório. A empresa terá três anos para concluir o empreendimento e deverá acelerar as obras caso queria terminá-la a tempo da Copa do Mundo de 2014, prazo que pode ser cumprido, segundo investidores. A vencedora também ganhará o direito de administrar o aeroporto durante 25 anos, que podem ser prorrogados por mais 5.
A exemplo da Anac, que informou apenas que nenhuma proposta havia sido negada, a Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República evitou citar o número de empresas participantes, embora reportagem publicada pelo Valor Econômico afirme que o ministro-chefe da secretaria, Wagner Bittencourt "demonstrou satisfação com o surgimento de três propostas para o leilão". Segundo a Anac, a divulgação do número de empresas poderia atrapalhar os lances do leilão. Por isso, não foram divulgados.
Retorno
Ao contrário da operadora alemã Fraport, que anunciou que estaria fora da disputa por considerar o retorno financeiro baixo, o grupo MPE reiterou que o projeto é economicamente viável. "Nossos cálculos demonstram isso", afirma Renato Ribeiro Abreu, diretor-presidente do grupo, em entrevista à Tribuna do Norte. Cálculos do grupo, com ajuda de consultores, indicaram uma rentabilidade para o negócio de 9% ao ano - acima dos 6% projetados pelas grandes construtoras e operadoras internacionais, que não entraram na disputa.
Com sede no Rio de Janeiro, o MPE, que atua em vários setores, entre eles o aeroportuário, participa da montagem de aeroportos há 40 anos - desde que fazia parte da General Eletric. O fato de já atuar no setor e conhecer o mercado brasileiro, porém, é uma grande vantagem, segundo Renato. "Trabalhei 17 anos na General Eletric para entender o Brasil. Para gente, que conhece o País, é mais fácil". O Grupo MPE participou das obras do aeroporto do Galeão, incluindo montagem eletromecânica e eletrônica, e depois estendeu suas atividades no setor para outros aeroportos como Cofins (MG), Cumbica (SP) e Manaus (AM), conforme divulgado no Valor Econômico.
A empresa que também opera o aeroporto de Valença, na Bahia - mais voltado ao Turismo - revela que está interessada em disputar a concessão dos outros aeroportos brasileiros. O aeroporto de São Gonçalo - primeiro que nasceu para ser administrado pela Infraero, mas será concedido a iniciativa privada por 28 anos- servirá como 'termômetro' para os futuros. "Como queremos participar de outras concessões, queremos entender o jogo".
Embora diga que não precise das operadoras estrangeiras, o Grupo não descarta parcerias, caso vença a licitação do aeroporto do RN. "Ainda não temos nenhum nome em mente, até porque não sabemos que empresas estão participando do leilão. Há muito boato sobre quem seriam elas", afirma. O MP também tem experiência na área de concessões. "Ganhamos a concessão das três primeiras ferrovias privatizadas no País: a FSA (Ferrovia Centro-Atlântica), que começa em Sergipe e atravessa sete estados brasileiros; a Tereza Cristina, que transporta carvão em Santa Catarina, e a Ferrooeste, que liga Cascavel a Paranaguá".
A Engevix e a Triunfo Participações e Investimentos (TPI)) não quiseram se pronunciar.
Fonte:tribuna do norte
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
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