segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Estação de tratamento do Guarapes: Caern e prefeitura vão assinar termo de compromisso


Um termo de compromisso, acompanhado pelo Ministério Público do RN, entre a Caern e a prefeitura do Natal, onde a prefeitura irá fazer a assinatura da cessão do terreno para a construção da Estação de Tratamento do Esgotos do Guarapes (ETE), foi a principal deliberação da Audiência Pública realizada na Casa, por iniciativa da deputada Márcia Maia (PSB) e que contou com a participação do colega Fernando Mineiro (PT).
Segundo o secretário de Habitação e Regularização Fundiária de Natal, Sérgio Pinheiro, toda a documentação para o terreno onde será construída a Estação TE já foi providenciada pela prefeitura de Natal, mas segundo Sérgio, a cessão não se concretizou ainda porque a prefeita Micarla de Sousa não é favorável que a obra seja construída num clima de conflito e aguarda a solução dos impasses. “Toda a documentação já está organizada, mas não é interessante gerar conflito entre a comunidade, a Caern e a própria prefeitura”, disse Sérgio. O secretário disse que a prefeitura inclusive pode fazer obras de complementação ao projeto, realizando obras de acesso dentre o Guarapes e o Planalto.
A futura obra causa polêmica também entre os especialistas. A professora Maria Cristina, do departamento de Arquitetura da UFRN, disse que não era contra a estação, contanto que as melhorias reivindicadas pela comunidade sejam postas em prática e fez uma dura advertência: “Não podemos deixar que o Guarapes passe da condição de depósito de favelados, para depósito de fezes”, disse, aludindo às pessoas que ali foram residir em virtude da remoção de favelas na zona Sul de Natal.
Os moradores do Guarapes não pouparam as autoridades quanto às suas queixas e preocupações quanto à construção da Estação de Tratamento (ETE). Eles temem a piora na qualidade de vida do bairro que é um dos mais carentes de Natal e exigiram que em troca seja feita uma compensação em forma de melhorias nos serviços de saúde, educação, geração de emprego e renda  na própria infra-estrutura do bairro.
            O diretor-presidente da Caern, Walter Gasi, defendeu que a construção precisa começar o quanto antes, uma vez que bairros inteiros como Capim Macio estão com a rede coletora de esgotos pronta para funcionar, mas não pode ser ligada em função da falta de um sistema de tratamento e de uma destinação final para os efluentes. “A maior prejudicada com a demora é a população”, argumenta Gasi. Encerrando a audiência, Márcia Maia disse que a assinatura do termo não encerra as preocupações com o assunto, que continuará sendo acompanhado por nós”, disse.


Outras informações:
Assessoria de Comunicação Social da ALRN

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